Essa cai bem para a época: amor em evidência, Dia dos Namorados.
Preocupado com que andava a escutar pelos corredores e ao redor da máquina de cafezinho da empresa, Lourival decidiu dar um basta na promíscua e furtiva relação (de troca) que mantinha com o galante sexagenário. Os presentes eram bons, é verdade. Mas sentia que sua honradez era dissipada dado os comentários que escutava aqui e ali. As declarações públicas estavam cada vez mais frequentes e incomodam o trabalhador de máquina fotográfica em punho.
Sem que os colegas percebessem, após uma das visitinhas do vovô taradão, deixou a sala e foi ao encontro do idoso. Em frente ao elevador, rapidamente, revelara o desconforto, agradecera os regalos e tocou o pé nas nádegas do festivo velhinho. Era aparente a tristeza do vôzinho nas semanas seguintes. Nas visitas ao periódico, falava ao telefone combinando festas e finais de semanas com quem costuma brindar com fotos estampadas. Falava em voz alta. Que era para o desgraçado ter a impressão de que o “não” nem o abalara.
Fiel seguidor das notícias que rondavam aquela relação um tanto bizarra, Anderson jamais imaginara um dia passar por situação semelhante. Não pense que foi ao acaso. Partiu dele o primeiro contato com o sexagenário. Estava de olho nos presentes que o idoso distribuía a quem “lhe fizesse bem”. Com orçamento curto e a temperatura a baixar, encarou a possibilidade de passar um inverno mais quente e confortável. Roupas novas.
Não demorou muito. Esses dias apareceu com uma bela jaqueta de couro. Feliz da vida. Se gosta dessa relação, não transparece. Mas é inegável que Anderson possui melhor habilidade de negociação que Lourival.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
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2 comentários:
Senhor... e este Anderson é do mesmo local de trabalho do Lourival? Hahahhaa... ei, atualiza este teu blog pra eu poder te seguir, que agora eu não sei mais lincar os favoritos. Help!
É sim... e por muito tempo ele foi cabeludo... ashauhsuhashu... ;)... muito bom chapolitu...
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