Pelos mesmos motivos de Lourival (conheça o caso), chegou a vez em que Anderson cortou relações com o festivo vovô. Os presentes eram realmente muito bons. Especialmente para a temporada de frio com o guarda-roupa pouco sortido e de escassas opções para arrefecer as temperaturas em queda do lado de fora. Porém, era difícil conviver com as piadinhas dos colegas de trabalho que testemunhavam os apuros que o sexagenário tarado impunha ao moço. (Não entendeu? Clique aqui.)
Visível era o alívio de Anderson após o basta. Trabalhava até melhor, comentou o colega da escrivaninha da frente. Pobre, velhinho. Perdera mais uma ovelhinha de seu rebanho. Mas não se deixava abalar. Logo retomaria a busca para substituir o rapaz que deixara espaço no estábulo. Partiu para cima de outros funcionários do periódico em que costuma publicar fotografias de amigos “pagantes” e figurinhas “mordíveis”. Os arredores da máquina de cafezinhos voltaram a se tornar território perigosos ao pessoal do sexo masculino.
E foi por lá que o trabalhador do recursos humanos sofreu um tremendo golpe. Quieto, enquanto misturava o leite em pó ao café, viu se aproximar o galante idoso. Tentou fazer de conta que sequer havia percebido o titio na área. Mas o outro não se fez de rogado. Elogiou os cachos capilares do guri. Corado, deu as costas como se nada tivesse ouvido. O festivo imaginava que daqueles arredores poderia angariar algo novo para sua festiva rotina. Tentou um alemão que toma conta das finanças da empresas também. O “pedaço de mau caminho” proferido não surtiu o efeito esperado.
E assim era a rotina do sexagenário quando ia levar suas anotações ao periódico dito maior do sul destas bandas. O velhinho atirava para todos os lados. Diziam até que o desejo era tanto que vez ou outra tascava palavras em mulheres. Respirar já bastava para entrar na mira. E foi numa dessas que Daniel foi surpreendido.
Num dos estreitos corredores do veículo, enquanto rumava para o setor em que um dos colegas de trabalho teria mais informações de um caso em que foi testemunha, deparou-se com o vovô de porte de uma maleta 007 que deveria esconder muita sordidez. O velhinho o encurralou e o interpelou. “Ei, menino. Posso te mostrar uma coisa?”, questionou.
O rapaz fez de conta que era surdo de nascença, mas pouco adiantou. O idoso de gravata borboleta foi logo arrumando o corpo para revelar algo. “Agora não posso. Estou com muita pressa, senhor”, quis despistar. E o vovô ficou por ali, de calças arriadas e choroso com mais uma tentativa frustrada.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
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Um comentário:
Hahahahahha... pobre Daniel. Cara, eu só quero ver se vai rolar blogagem de quanto o jovem José Luiz Carvalho for assediado - porque, sorry, não vai demorar muito. Se é que já não rolou. Mas engraçado mesmo será quando o idoso em questão manifestar desejo pelo chefinho Carlos ou pelo chefão Fábio. Há! Contando nos dedos...
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