Em comum tinham apenas o “jota” grafado no início dos nomes. Assim era uns dez anos antes, quando tiveram o primeiro contato. Na época o rapaz nem sabia o que queria ser quando crescer. A moça ensaiava os primeiros passos na profissão. Porém, não trocavam muitas palavras. Nada além de “oi”, “oi”, “tudo bem?”, “tuuudo”. E assim foi por volta de três pares de anos.
Passado o período tornaram-se colegas de profissão. Cada qual no seu emprego. Tinham a mesma formação. Trabalhavam em setores diferentes, ainda que correlacionados. A menina abastecia com informações empresas do gênero em que ele labutava. Ainda assim, os contatos ficavam no “oi”, “oi”, “tudo bem?”, “tuuudo”. Acrescidos de “alguma novidade por ai?”, de ambos os lados, praticamente. Por motivos meramente profissionais, os dois começaram se aproximar. Coisas de trabalho.
Deve ter sido motivado por algum grande acontecimento na empresa em que a moça dava o sangue. Ele cumpria com suas obrigações no local de trabalho. Por força da labuta, passaram a se falar com mais freqüência: “oi”, “oi”, “tudo bem?”, “tuuudo”. “Acha que dá para mandar aquele material até terça? Conseguiu marcar com aquele professor de química?”.
Em meio aos assuntos, descobriam um pouco mais sobre um e outro. Assim, guardavam para si “Ele é bacana, inteligente”, pensava a mocinha. “Ô lá em casa”, suspirava o guri. Porém, quando se encontravam em ocasiões de trabalho permanecia o rito “oi”, “oi”, “tudo bem?”, “tuuudo”. Foi durante uma conversa com um amigo em comum que os pensamentos contidos foram externados. O coleguinha tratou logo de fazer às vezes de cupido. Ou pombo correio. Vai saber.
Numa determinada festa, encontraram-se. “Oi”, “oi”, “tudo bem?”, “tuuudo”. E ficaram um a cercar o outro. Ambos aguardavam um ato, uma palavra que confirmasse o que o bocudo dissera. Passada a tensão e, lá pelas tantas, tiraram aquela história toda a limpo. Beijaram-se, trocaram confidências, números de telefones particulares e promessas de “me liga”, “vamos combinar alguma coisa”.
Passado um semestre, conversam menos durante o trabalho e mais em seus momentos de vida privada. Os papos são alongados, ainda que mantenham as saudações de uma década, acrescido de um vocábulo: “Oi, amor”, “oi”, “tudo bem, amor?”, “tuuudo, môr”.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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4 comentários:
É, este cupidinho danado também fez história no As Imediatas... (como eu postei no twitter, by the way). Pra que tanto amor??? Adorei, declaração mais do que original.
Ai que liiiiiiiiiindo!
Tá... eu adoro esse casal. Na verdade as minhas mil outras personalidades tb adoram esse casal!
Até me deu vontade de me apaixonar.
Bjoooooo
Oiii Amor, tudo bem? hehehe
Adorei
Te amo! (a exclamação pq eh pra ser gritado mesmo rs)
Ooooooooiiiiiiinnnnnnnn ti liiiiindooooo! Como eh q a dona J nunca tinha me mostrado isso???
Amo vcs!
Mari
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