segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A arte imita a vida

Eternizado pelo homem-palco ainda nesta década, subir ao palco em eventos formaturescos tornou-se destaque nas conversas nos dias seguintes aos bailinhos comemorativos no sul barriga verde. Uns com maior número de participação. Vulgo Bicão no topo da lista. Outros têm estatísticas mais discretas. Não importa o embalo do conjunto, o que vale é estar lá. O importante é participar, parodiando o papai-Gelol.

Há cinco anos, uma festa tremenda. Evento formaturesco e jornalístico, Clube 87 de Julho, animação, descontração e palco de fácil acesso. Está formatado o cenário para que nosso herói, Charles Uésle, viva seu momento cinematográfico. Charlinho para os amigos, Charlie para os anglo-saxões, jamais escondeu sua preferência por eventos do gênero. Sempre que pôde encarou a opção com umas das melhores alternativas, com ou sem convite. Um entusiasta.

Estava ele enfrente ao palco, não em cima. Ele não é muito disso, mas não recrimina os adeptos da prática. Animado, cervejinha na mão, curtindo com os colegas aquele clima festivo pela conclusão do ensino superior de qualquer um. Sobre o tablado destinado aos membros do conjunto musical, com outros foliões estava ela. Morena, alta, linda, expansiva, uma rosa entre os dedos e à procura de um amor hollywoodiano. A marmanjada de olho em Marcinha. Marcinha de olho no futuro marido.

Terminada a canção. A moreninha das grandes (fita métrica na vertical, não na horizontal) fita seus fãs e joga a flor para o ar, para alto, na direção das dezenas de pretendentes. Nosso herói, Uésle, com a ajuda de sua estatura privilegiada, toma a rosa em suas mãos. Mal sabia, estava marcado. Marcinha desce do palquinho e caminha na direção de Uésle. Olhos nos olhos. Ela para em frente do catador de flores, sorri e cola seus lábios no dele. E nunca mais se falaram.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem seria esse Uésle neh?
àrbitro de futebol??
kkkkk